Olá gentem, então, para o começo do processo de ressuscitação do blog, gostaria de postar uma foto muito, bom, inesperada que vazou na net do nosso querido professor toninho carlitos posando para as câmeras na piscina do Ranieri:
Diários de um bode
quinta-feira, 18 de abril de 2013
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Acabou? (Crônica de Paraty)
Foi um
momento tão pequeno, uma viagem curta, porém, dizem que os melhore perfumes
ficam nos menores frascos.
Aquele,
definitivamente era um bom perfume, em um frasco muito pequeno, o perfume do
mar, das ondas, da alegria de estarmos todos juntos, a tristeza de ter acabado.
Alguns
tiravam fotos para guardar o momento, outros brincavam, nadavam, riam , queriam
que o tempo parasse, eu porém, não teria mudado nada, estava apenas observando
o desenrolar da história.
Após
tudo o que passou era difícil acreditar que acabou, tudo se resumia naquele
momento, todos se soltavam e riam, nadando na frente da escuna, a água dos seus
corpos pingavam marcando o tempo, tudo estava calmo, decidi me juntar a eles.
Não
acabou, havia apenas começado
Bichos
Existem
de todos os tipos, para todos os tipos de pessoas; altos e baixos; gordos ou
magros; ricos ou pobres; feios ou bonitos. Os bichos exóticos como bodes ou
cobras, o frágil peixe ou o gordo panda. Desde o antipático hamster até o
falante papagaio, ou os mais comuns, como cães e gatos.
Novamente
estávamos voltando de um passeio na minha terra natal, eu, meus pais e meu
buldogue do curioso nome Baude Laire, e eu já não aguentava mais de fome. “Mãe,
para o carro, minha barriguinha tá roncando”. Minha mãe virou para trás,
irritada, dizendo que já iriamos parar.
Depois
de uma bela refeição, saímos do restaurante rumo ao carro. Meu pai acende um
cigarro e deita-se em uma das redes do lugar, me deito com ele e fecho os olhos,
quando sinto algo lambendo minha mão.
Era
um cachorro de pelagem negra, com manchas marrons e muito saltitante.
Levantei-me da rede e ele começou a pular e latir e comecei a brincar com ele,
que ficou mais animado. Pedi para que aguardasse enquanto liberava meu buldogue
da coleira para brincar conosco, os dois começaram a se cheirar e pular em cima
de mim, com as línguas para fora.
Minha
mãe chama por mim e pelo buldogue para
seguirmos viagem, pergunto se posso levar o cãozinho junto, ela responde que
não, pois ele poderia ser de alguém ou ter alguma doença, além de já termos o
nosso, eu subo no carro junto com meu buldogue e partimos, logo viro-me para
trás, ainda consigo ver um pontinho preto, cada vez mais distante.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Pais e filhos
-
Não acho motivos para não encher as paredes de meu quarto com minha personalidade!
Ela
já havia insistido com essa ideia há pouco tempo, resolveu que estava crescendo
e queria deixar uma marca da sua infância nas paredes, como um autorretrato da
sua personalidade em suas paredes.
A
menina estava descontrolada. Estava naquela idade de dez anos que nem os pais
sabem o que fazer, rebelde, já se se achando adulta. Deixo ou não deixo? Pensava
ele, olhando para a menina de olhos brilhantes com ambas as mãos encharcadas de
tinta, era uma resposta fácil, um assunto simples.
-
Não poderemos vender esta casa com as paredes pintadas.
-
Vamos vender casa? - indagou a menina de cabelo castanho. Com a tinta de suas mãos
pingando ao chão.
-
Já está na hora de você entender que não estamos em uma boa condição financeira.
- admitiu o pai.
Era
verdade, o pai havia se divorciado da mãe fazia pouco tempo, estava
desempregado e deprimido, teria de vender a casa rapidamente.
-
E no que isso me impede de pintar as paredes?
-
Depois vamos ter de pintá-las de novo.
-
E qual o problema?
-
Deixe de ser mimada menina, você já está crescida, consegue compreender, pegue um
papel e pinte nele se quiser. Não tem
nada melhor para fazer não?
-
Sim, pintar as paredes, assim elas ficarão com a minha marca e não venderemos a
casa.
-
Desça logo desta cama e pegue um pano para limpar a sujeira que você já fez.
A
menina apenas fechou os olhos e rapidamente pegou a lata de tinta vermelha e
jogou na camisa do cansado pai. Encharcando-a.
-
Ora, sua, vai levar uns tapas, a camisa era nova.
-
...
A
menina fugiu correndo de seu pai. Procurando outra parede para encharcar de sua
personalidade. Sem perder o brilho de seus olhos.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Dance
Havíamos acabado de voltar do museu do Ipiranga quando tristemente a encontramos chorando com seus belos olhos castanhos molhados e fundos refletindo a imagem de quatro mentes revoltadas pois simplesmente não compreendiam o que estava acontecendo.
Nada que falássemos iria ajudar e dizem que atos valem mas do que palavras, sua expressão suplicava alguma surpresa, alguma coisa que a fizesse esquecer de tudo que havia passado. Então dei meu cachecol a ela e tentei compreender o que estava acontecendo e quando percebo, o chão da calçada estava coberto por cinco letras chamativas feitas com roupas, materiais, cadernos e livros "dance". Continuávamos sem compreender, a única coisa que pensamos em fazer naquele momento era colocar uma música suave no celular e dançar, e foi o que fizemos. cinco mentes dançando como se não houvesse amanhã com vários curiosos e estranhos olhares nos perseguindo apenas para que pudéssemos ver aquele rosto triste e úmido com seus olhos profundos dançasse e finalmente abrir um grande sorriso a luz da noite.
Cachecol
Novamente fui tirado da aula e novamente pelo mesmo motivo, estava causando tumulto pois estava brigando pelo meu cachecol. Como um pedaço de lã bordado traria tantos problemas para minha pessoa? Mas não era um simples pedaço de lã ; era o pedaço de lã azul, fino, comprido e já cheio de fiapos, feito pela minha bisavó materna que nunca tive o prazer de conhecer . O cachecol passou de suas mãos para as de minha vó, que o passou para minha mãe, que finalmente o passou para mim. O pedaço de lã que não era ouro, mas que para mim valia mais que qualquer metal.
O ganhei no começo do ano, não ligava muito para ele. Quando comecei a usa-lo me chamavam de hipster, gostei disso e comecei a usá-lo praticamente todo o dia, no frio e no calor , brincando com ele, jogando-o de leve na cara das pessoas... De vez em quando eles o pegavam: escondiam ou usavam e eu tinha que causar outro tumulto para pega-lo de volta, desde que não o prejudicassem, tudo bem.
Olhavam-me estranho quando o usava com 35 escaldantes graus, mas continuei a usá-lo. Dia ou sol, pois tinha fascínio por ele, lembrava-me minha família; meu pedacinho azul de lã, comprido, cheio de fiapos, meu cachecol.
Olhar para fora
Em plena aula de redação nossa famosa professora Luana nos explicava sobre técnicas de realização de crônica e no momento hei de admitir que estava devaneando quando uma frase repentina me chamou para realidade: "e além disso, para escrever uma boa crônica todos vocês devem procurar olhar para fora..."
Naquele momento mudei minha expressão para a famosa cara de ponto de interrogação; como assim olhar para fora, nós por acaso olhamos para dentro de nossas cabeças, pelo que minha pequena mente sabe, não um jeito de olhar para dentro! Nem que você esteja dormindo.
O dia passou e no caminho do ponto de ônibus até minha casa tentei "olhar para fora" e procurar algo interessante ou ao menos relevante para poder escrever sobre, após falhar nessa busca e chegar em casa, fiquei pensando: o que há de errado comigo, sou egocêntrico ou o quê, meus amigos conseguiram escrever sobre isso mas eu não, ai meu deus o que faço!? Desde então neste curto caminho do ponto de ônibus até minha casa fico tentando sucessivamente "olhar para fora.
Assinar:
Postagens (Atom)